domingo, 10 de junho de 2012

Todo apoio aos servidores da Educação no Amapá, em greve há quase 50 dias

Greve, greve, greve, greve gritava uma multidão de professores que lotou a quadra da escola Colégio Amapaense, foi muito emocionante! Os mais de 6 mil professores presentes a assembléia que deflagrou a greve deram uma lição de democracia operária. Vários professores saíram emocionados com tamanha demonstração de força, algo jamais visto neste estado”, relata o diretor do SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá) e militante da CSP-Conlutas, Almir Brito.

Veja também: Moção de apoio à greve dos servidores da Educação no Amapá

O embate contra o governo de Camilo Capiberibe (PSB/PT) começou no ano passado quando vários dos pontos do acordo com a categoria foram descumpridos. A luta seguiu este ano e em abril foram realizadas várias paralisações de advertência. O governo apostou que sairia vitorioso neste embate e a greve foi a única saída que restou à categoria. A maior e mais forte que este estado já conheceu.


Pressionado pela paralisação o governo enviou a Assembléia Legislativa uma proposta de reajuste de 13% aos professores. Tanto esta proposta quanto uma segunda de 16,56% foram massivamente rejeitadas pela categoria que não abre mão dos 33.7% necessários para atingir o Piso Salarial Nacional. Hoje um professor em início de carreira no Amapá recebe míseros R$1.085 reais.

Além do piso, existem outras demandas importantes como explica o professor Otávio, diretor de política e formação sindical do SINSEPEAP e militante da CSP-Conlutas. “Estamos completamente abandonados, os professores estudam, fazem graduação, mestrado ou mesmo doutorado e ainda sim não tem tido a garantia da promoção funcional previsto em seu plano de cargos e salários outra questão importante é a necessária e urgente estruturação do centro de atendimento psicosocial tendo em vista a grande demanda de professores doentes, acometidos por graves transtornos mentais em virtude do caos vivido nas escolas. A eleição direta para o cargo de diretor de escola também é outro ponto fundamental. Hoje eles são indicados pelo governo”.


Contra o governo, a assembléia legislativa e a parcialidade da justiça os servidores seguem firmes na greve


Camilo Capiberibe continua jogando duro contra os servidores da educação do Amapá. Enviou um projeto de lei a Assembléia Legislativa que destrói a carreira docente. Além disso, entrou com ação na justiça pedindo a abusividade da greve no que foi prontamente atendido por um desembargador que concedeu a liminar tornando a greve ilegal. Mesmo sob ameaça de corte de ponto e de multa diária de 10 mil reais ao sindicato a categoria se recusa a retornar às escolas e permanece em greve.


Assim como ano passando quando a categoria fez quase um mês de greve e várias outras categorias se somaram, também agora a mobilização dos professores tem servido de exemplo para o conjunto do funcionalismo amapaense.


A CSP-Conlutas se solidariza com os Servidores da Edcução do Amapá e orienta a todas as entidades e movimentos da CSP-Conlutas a enviarem moções de solidariedade à greve dos companheiros.

Veja as reivindicações dos Servidores da Educação do Amapá
  • Aplicação do piso nacional salarial, rumo ao piso do DIEESE;
  • Em defesa da eleição direta para diretores de escola;
  • Em defesa da carreira docente;
  • Por mais construção de escolas;
  • Por melhores condições de trabalho;
  • Em defesa de 10% do PIB para a educação pública, já!
Com informações de Almir Brito, diretor do SINSEPEAP e militante da CSP-Conlutas

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